Além da observação dos familiares e consultas com o pediatra, existem alguns testes que devem ser feitos. Alguns dos Testes Neonatais, como o teste da orelhinha e o teste do olhinho, identificam alterações no sistema sensorial.
O teste das Emissões Otoacústicas Evocadas, também conhecido como teste da orelhinha, deve ser feito nos bebês recém-nascidos nas maternidades e hospitais. Esta Triagem Auditiva Neonatal é obrigatória pela Lei 12.303 desde 2010. Para detecção de alterações da visão, pode ser feito o teste do olhinho, também conhecido como teste do reflexo vermelho, preferencialmente antes da alta da maternidade. Entretanto, mesmo que o resultado do teste do olhinho aponte que está tudo normal com a visão do neonato, é necessário o acompanhamento oftalmológico entre 6 meses e um ano de idade, seguido de avaliações anuais até o desenvolvimento ocular completo por volta dos 6 anos.
Estes testes são simples e permitem detectar precocemente, possíveis riscos de alterações auditivas e visuais ao nascer e intervir de maneira apropriada no momento certo.
Para avaliação dos aspectos motores, além da observação e avaliação pelo profissional durante as consultas periódicas, existem também alguns testes padronizados que podem ser aplicados, como o Test of Infant Motor Performance (Timp), Alberta Infant Motor Scales (Aims), Motor Assesment of The Developmental Infant (Mai), General Movements (GM), entre outros.
Já para a avaliação do desenvolvimento da linguagem e cognição de crianças, existem testes padronizados como, a Escala Bayley, Teste de Triagem de Desenvolvimento Dever II (TTDD II), Escala de Aquisições Iniciais de Fala e Linguagem. O Teste de Triagem de Desenvolvimento Denver II foi desenvolvido para permitir o acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor em crianças de 0 a 6 anos de idade, avaliando as áreas motor-grosseiro, motor fino-adaptativo, linguagem e pessoal-social.
Além disso, é recomendado que além da aplicação do instrumento de vigilância dos marcos de desenvolvimento infantil, durante as consultas de rotina na Atenção Primária, que se realize a aplicação da escala M-CHAT-R, entre 16 e 30 meses de idade. Este instrumento auxilia na identificação de pacientes com possível Transtorno do Espectro Autista.
Por fim, o acompanhamento pelo profissional de saúde aliado à observação e envolvimento dos pais são fundamentais para garantir o bem-estar e desenvolvimento da criança.