Importância do rastreio e da identificação precoce de atrasos

É fundamental que o pré-natal e o acompanhamento do bebê sejam feitos de forma adequada, pois estudos mostram que com o estímulo precoce pode-se compensar os comprometimentos decorrentes de transtornos do desenvolvimento ao se estimular neuroplasticidade.

Quando a criança na faixa etária dos 0 aos 6 anos não apresenta as competências esperadas para a idade em duas áreas, ou as desenvolve tardiamente ou de forma desorganizada, é considerado que esta criança apresenta um desenvolvimento atípico.

Algumas crianças apresentam fatores de risco, sendo assim é recomendado que recebam a estimulação precoce desde o início. Por exemplo, há evidências que mostram que através do estímulo adequado pode-se minimizar impactos de uma lesão cerebral, melhorando a funcionalidade. No entanto, ressalta-se que mesmo assim, crianças com comprometimento podem ainda apresentar alterações motoras, cognitivas, entre outras disfunções. Porém é sabido que quando há demora em receber a estimulação necessária no tempo apropriado as chances de desfecho favorável são reduzidas.

O Ministério da Saúde (2016) define a estimulação precoce como:

um programa de acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica multiprofissional com bebês de alto risco e com crianças pequenas acometidas por patologias orgânicas, buscando o melhor desenvolvimento possível, por meio da mitigação de sequelas do desenvolvimento neuropsicomotor, bem como de efeitos na aquisição da linguagem, na socialização e na estruturação subjetiva, podendo contribuir, inclusive, na estruturação do vínculo mãe/bebê e na compreensão e no acolhimento familiar dessas crianças (BRASIL, 2016, p. 7).

Além disso, fatores de risco não significam automaticamente diagnóstico de transtornos do neurodesenvolvimento. Por isso é de extrema importância o acompanhamento por profissionais competentes, embasado nas melhores evidências científicas disponíveis e com o total envolvimento dos pais, para que se obtenha resultados efetivos. Já que inclusive, bebês com transtorno de neurodesenvolvimento podem exigir cuidados especiais em relação a alimentação, higiene bucal, higiene nasal e atividades da vida diária, como banho e vestimenta, dos quais os responsáveis precisam estar cientes.

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